quinta-feira, 13 de julho de 2023

Os sete pecados capitais

Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados capitais tratam de uma classificação de condições humanas conhecidas atualmente como vícios, que precedem o surgimento do cristianismo, mas que foram usadas mais tarde pelo catolicismo com o intuito de educar os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano e assim se aproximar de Deus. A lista final, apresentada no século XIII, é a versão aprimorada de uma primeira versão, datada do Século IV. Todo esse esforço em descrever defeitos de conduta tinha um motivo: facilitar o cumprimento dos Dez Mandamentos. Assim, a Igreja Católica classificou e selecionou os pecados da seguinte forma: a tríplice concupiscência que é a raiz dos pecados capitais; pecados capitais que são os pais dos outros vícios; pecados veniais que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão e os pecados mortais que são merecedores de condenação por ferirem os dez mandamentos de Deus.[2] A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.
Origem e história dos sete pecados capitais A primeira lista que remonta aos pecados capitais conhecidos hoje foi definida pelo monge grego Evagrius Ponticus (345-399), no século IV. Evagrius era asceta, ou seja, pertencia ao ascetismo, estilo de vida que abolia os prazeres mundanos e as chamadas tentações. Ele se dedicava a disciplinar corpo e mente, bem como ao trabalho espiritual. Evagrius escreveu o livro Origens Sagradas de Coisas Profundas, no qual listou as tentações que corrompiam as pessoas e que deveriam ser evitadas. A obra trouxe como pecados gula, fornicação, avareza, descrença, ira, desencorajamento, vanglória e soberba. No ano de 590, o Papa Gregório (540-604) fez sua lista de pecados e os nomeou como capitais, do latim “caput” (cabeça, chefe, líder). A configuração dos pecados capitais definida por ele ficou conhecida por mais de 600 anos. Na lista do Papa Gregório, descrença e desencorajamento se tornaram um só pecado (preguiça). Já vanglória e soberba tornaram-se somente soberba, adquirindo como significado a união do orgulho, vanglória e vaidade. A “fornicação” foi excluída da lista de pecados, que passou a ter “inveja” e “extravagância”. Em 1273, a Suma Teológica de São Tomás de Aquino fez a revisão dos pecados listados pelo Papa Gregório e os classificou novamente. Tal reclassificação resultou na lista dos atuais sete pecados capitais: luxúria, soberba (vaidade), preguiça, inveja, gula, avareza e ira (raiva). Sete círculos Dante Alighieri, na obra A Divina Comédia, popularizou os pecados capitais em forma de entretenimento. O escritor os definiu como os sete círculos. Os pecados menos graves estavam mais próximos de Deus, enquanto os piores se aproximavam ao diabo. A Divina Comédia se divide em Céu, Purgatório e Inferno. É no Purgatório que o personagem principal encontra os sete círculos, ou seja, os pecados capitais. Os pecados são atitudes contra Deus e para cada círculo existe um. Sete virtudes Em oposição aos pecados capitais, estão as virtudes. Cada atitude maléfica tem uma versão considerada boa. Ira → Paciência Inveja → Caridade Preguiça → Diligência Gula → Temperança Soberba → Humildade Luxúria → Castidade Avareza → Generosidade As sete virtudes capitais foram difundidas na Europa durante a Idade Média, inspiradas em um poema épico escrito pelo poeta cristão Aurélio Clemente Prudêncio, no século

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