segunda-feira, 30 de maio de 2011

POÉTICO MITOLÓGICO (Balada do Jardim)






Será que o mundo quer-me mal porque ninguém tem assas como eu tenho! Porque Deus
Será que todos tem que ter o mesmo formato de nariz, para o mundo ser mais harmonioso e feliz.
Não invejo o poderoso veneno das serpentes! Seu serpentear (envolver, enrolar) não me interessa, estão condenadas a rastejar...
Bem! Senhoras e Senhores!
Nosso querubim de jardim esta só começando sua longa jornada!
O jardim é belo quando visto de um certo ângulo, mas pode ser bem diferente a visão em outros ângulos.
O jardim pode ser uma bela paisagem impressionista como as telas de Claude Monet ou dramática como as telas expressionistas de Edvard Munch.
O jardim é um paradoxo, depende do ponto de vista...

Senhoras e Senhores!
Boa Noite
Nosso pequeno anjo decorativo canta:

Balada do Jardim

O jardim é um templo onde vivo
Deixo escapar, a voz do meu coração
Confusas palavras movem meus passos
Minha alma dorme em algum lugar frio,
Até que encontro o céu bordado de estrelas

Resplandecente estrela colorida
Salve-me da escuridão
Fecundai o mistério desses versos
Cheios de cor, de Luz, de som

Sonho que sou um cavaleiro andante
Despindo as matas frondosas
Seguindo pelo rumo da emoção
Como um mimoso tapete de folhas
Onde o cintilante luar brinca entre flores

Resplandecente estrela colorida
Salve-me da escuridão
Fecundai o mistério desses versos
Cheios de cor, de Luz, de som

O expirar de uma tela impressionista
Nesta hora de sol puro
O execrável de um expressionista
Coxilhas de pântano
E infame sou, porque te quero,
E tanto te amo como se amam certas coisas obscuras
Dentro de mim, oculta, a luz daquela flor secreta.

Amor e morte, medo e solidão, culto a uma natureza sombria, idealizada absoluta da realidade: os ultrarromânticos levaram os extremos à expressão de sentimentos contraditórios, vividos pela maioria deles de modo atormentado. O francês Gustave Doré (1832-1883) foi pintor, escultor e ilustrador. Ganhou renome, na França romântica, por sua extraordinária habilidade para capturar, em ilustrações carregadas de drama, as principais características de uma obra literária.
Até hoje, as ilustrações mais conhecidas de livros como A divina comédia e Dom Quixote são de sua autoria.
Balada do jardim foi produzida para expressar esse estilo Ultrarromântico, já as ilustrações e fotografias é uma homenagem a Gustave Doré. Espero que Balada do jardim possa ser um pequeno fragmento que me possibilitou como poeta e ilustrador expressar sentimentos como a idealização, paixão e o amor.

Porque Balada de jardim?
Balada - Francês ballade; provençal balada, baixo latim, dançar ou poema lírico medieval, inicialmente cantado e depois só declamado. Poema composto por três estrofes e uma meia estrofe final. Também pode ser pequeno poema narrativo, histórico ou lendário. Se aprofundar melhor: Peça instrumental de origem romântica. Canção popular romântica. No popular diversão em clube de dança, casa de espetáculo ou festa, em geral noturna; noite.

terça-feira, 24 de maio de 2011

POÉTICO MITOLÓGICO (A Fonte dos Desejos)

Um sonho bonito lembra-me de um tapete cristalizado, cobrindo todo um jardim. Os cristais cresciam aglomerados e quanto mais densos o sonho, mais bonito é o seu efeito. O cristal deixa o solo rico e brilhante, mas também fino e cortante.
Mas com adubar corretamente um solo diferenciado e estranho?
Senhora e Senhores!
Nosso sarau esta mais para um espetáculo surrealista...
O notável Rocaille
APRESENTA: NOVELAS DE UM QUERUBIM DE JARDIM

Nossa pequena estatueta de gesso canta: A FONTE DOS DESEJOS

O jardim é mui gracioso
Tão fértil em virtude do imaginar
Deste alegre campo de beleza
Doce máquina que me conduz
Com engrenagem de emoção

Formosa fonte dos desejos
Correm turvas as águas deste chafariz
Claras e frescas como cristal
Esmaltada forja perfeita
Sacia minha sede

Se o meu desejo não tem fim
Por força do muito imaginar
Bailemos no mais ardo desejo
Com mil refletores
Espalhando por aí tanta paixão

Formosa fonte dos desejos
Correm turvas as águas deste chafariz
Claras e frescas como cristal
Esmaltada forja perfeita
Sacia minha sede

Que alegre o amor campestre
As aves de mil cores
Bendito jardim mais belo que o bosque Fontainebleau
Deixa louvar da corte a vá grandeza
A mãe das flores coroar

Sobre o nosso pequeno querubim de gesso: ele não é apenas uma estátua de decoração de um belo jardim. O material que é feito e resultante do cozimento do gipso, seguido de moagem. Esse mesmo material misturado com água e endurecido. Mas na agricultura é fertilizante cálcico usado na manutenção de pastagens e correção de acidez do solo.
O jardim pode ser uma fabulosa obra de arte. Cito André Le Nôtre era arquiteto e paisagista. Foi o encarregado pelo rei Luiz XIV de conceber o plano dos jardins do Palácio de Versalhes. O resultado deu origem à expressão "jardim à francesa", em que a natureza é moldada para compor desenhos e padrões geométricos que manifestem ordem, harmonia e equilíbrio.
Um pensamento sobre o jardim de cristal:
"Pintar é um estrondoso choque de mundos opostos predestinados a criar juntos, na luta e a partir dela, um novo mundo que se chama obra" (Wassily Kandinsky).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

POÉTICO MITOLÓGICO (O Virtuoso Candelabro Filosófico)



É hora de o açúcar cristalizar
Cândido emblema cadenciado
É hora de o açúcar cristalizar
Transparente, límpido e claro.
É hora de o açúcar cristalizar
Em solubilidade materializada

Senhoras e Senhores
Monsieur Chopin canta: O Candelabro Filosófico

Como a luz de um projetor
Ilumina vagamente
As coisas que julgo ver
Efeitos luminosos clareiam
Anedotas histórias

Virtuoso candelabro reluzente
A luz falsa a luz verdadeira
Translúcidos cristais
Tudo que pode ser ou não ser

A cada olhar
Um brilho diferente
Encantos que cada momento
Crescem com a vibração da luz
Algo inexplicável que apenas nos atrai
Onde nossas férteis imaginações se realizam

Virtuoso candelabro reluzente
A luz falsa a luz verdadeira
Translúcidos cristais
Tudo que pode ser ou não ser

Lustre de essência
Hastes que ostenta
Minuciosidade finíssima
Faz a mente brilhar
Como luz lúcida de um resplandecente cristal

A palavra cristal se aplica a uma peça de um sólido transparente ou translúcido, de forma geométrica regular. Apresenta lados planos que convergem em ângulos constantes, como os diamantes lapidados ou em cristais de sal. A característica básica de um cristal não é o aspecto externo, mas sim sua estrutura interna. No estado sólido, os átomos, íons e moléculas que constituem um cristal estão organizados em arranjos relativamente fixos, isto é, não podem mover-se livremente como fariam num líquido ou num gás.

Hoje não tem um pensamento mais tem uma homenagem à alquimia francesa:

Fulcanelli é o pseudónimo de um alquimista francês contemporâneo autor de O Mistério das Catedrais 1926 e de As Mansões Filosofais 1930, duas magnificas obras de alquimia.

terça-feira, 3 de maio de 2011

POÉTICO MITOLÓGICO (Metáforas de Chantilly Vitrificado)



Boa Noite!
Senhoras e Senhores...
Brioche e Croissant... Não era só o que os franceses sabiam fazer. Rssssss...
Bom! Sinto um leve gosto de uma deliciosa revolução... Mas enquanto isso!
Nossa dupla francesa cantam:

Metáforas de Chantilly Vitrificado

Rendido ao teu encanto
Revestido de pompa
Venerável brilho fabricado
A imagem esculpida
Oscilação clássica vibrante

Divina, Divina doce porcelana.
Cobertura brilhante que fascina
Suntuosa louça fina
Pequena joia de fantasia

Precioso fetiche que desperta o puro desejo
Delicada fosfática, vítrea matéria-prima
Rose Pompadour á favorita
Magnifico porta-joias
Que me ilumina.

Divina, Divina doce porcelana
Cobertura brilhante que fascina
Suntuosa louça fina
Pequena joia de fantasia

Clássico Chantilly
Vênus doce, ouro branco
Naquele tempo era porcelana
Mais alegre que se fosse de carne
Meigos e traiçoeiros
Olhos que me devoram

Sobre o Chantilly vitrificado, ou melhor, fosfático:

O prestígio alcançado pelas chávenas, jarros, vasilhas, figurinhas, pratos e travessas importados da China havia já no século XVII dado origem na Europa a uma grande variedade de ensaios para se conseguir obter essa substância, cuja composição se ignorava. As tentativas para a "descobrir" multiplicaram-se desde aquela altura na Inglaterra, Holanda, França e Saxônica.
Na França, esta atividade levou à descoberta de uma matéria semelhante, de composição vítrea, a chamada porcelaine de pâte tendre. Não era autêntica porcelana, mas uma imitação satisfatória para as fábricas (oficiais ou particulares) que no decurso da primeira metade do século XVIII iam surgindo nos países do Ocidente da Europa. Os porcelanistas ingleses, por sua vez, descobriram em 1748 (na fábrica instalada em Bow) uma variante dessa porcelana de imitação, a "porcelana fosfática" ou bone-porcelain, feita com fosfato de cal, a cuja pasta se juntava cinza de ossos.
Já então, em 1709, as experiências realizadas sob patrocínio de Augusto II, o Forte, na Saxônia, haviam obtido o êxito desejado: um alquimista de vida aventureira e conduta duvidosa, Johann Bottger, vigiado e ajudado por um cientista (que faleceu em 1708), o cavaleiro Walther Von Tschirnhausen, descobrira o segredo da autêntica porcelana, ao empregar na sua composição uma terra procedente dos arredores de Aue (na parte ocidental dos montes Metálicos), que se revelou afinal idêntica à que era empregada pelos chineses: o caulim. Assim se fundou a Fábrica Real da Saxônia, instalada na fortaleza de Albrechtsburg, em Meissen.

Uma reflexão sobre o CHANTILLY do artista:

"A ornamentação de Klimt é expressão em imagens da matéria original, concebida como contínua, sem fim, mutante, que se enovela em espirais, serpenteia, emaranha-se, um redemoinho aterrador que adota todas as formas". (Ludwig Hevesi).