sábado, 23 de maio de 2009

Poético Mitológico (Soneto do equilíbrio)



Senhoras e Senhores
Quanto tempo tem?
Nada de soluções mágicas
Quanto tempo tem?
Porções fantásticas, que nada!
Quanto tempo tem?
Varinha milagrosa. Epa, Epa, Epa...
Nada de mágica, Ok.
Tempo para quem?
A busca do homem vitruviano aquele desenhado por um artista
Ah... Ah... Ah...
Quanto tempo?
"Oh, céus! vou chegar atrasado!"
Aqui, o tempo parou e são sempre 6 da tarde.
"a hora do chá"
Alice, Alice, Alice acorda do sono.
Estamos no circo e não no país das maravilhas
Um mundo onde as regras do tempo e do espaço estão de cabeça para baixo.
No mundo dos ioiôs
Subir, cair, subir, cair.
Quanto tempo tem para,
Buscar o homem vitruviano, mas que é esse tal homem?
Vitruviano.




Na Grécia antiga o trabalho escravo propiciava ao cidadão livre um tempo livre para os serviços da polis e para a vida intelectual.
O homem Vitruviano inspirado no livro do arquiteto romano Vitruvius pollio, De Architetura (que explica a relação entre simetria e perfeição), o desenho mais famoso de Leonardo da Vinci seria um pentagrama humano, com um corpo dentro de um círculo simbolizando o equilíbrio.
Poema circenseAtirei meu coração ás areias do circo como se atira ao mar umaâncora aflita. Ninguém bateu palmas. O trapezista sorriu,o leão farejou-me desdenhosamente, o palhaço zombou de minha sombra fatídica.Só a pequena bailarina compreendeu. Em suas mãos de opala,meu coração refletia as nuvens de outono, os jogos de infância, as vozes populares.Depois de muitas quedas, aprendi. Sei agora vestir, comrazoável destreza, os risos da hiena, a frágil polidez dos elefantes,a elegância marinha dos corcéis.Todavia, quando as luzes se apagam, readquiro antigos poderes e voo.Voo para um mundo sem espelhos falsos, onde o soldevolve a cada coisa a sombra natural e onde não há aplausos,porque tudo é justo, porque tudo é bom. (José Paulo Paes. Quem, eu. São Paulo: Atual, 1996) Uma frase para busca do equilíbrio:
"A fama produz os aplausos, mas não a alegria. Produz o assédio, mas não elimina a solidão" (Augusto Cury).

terça-feira, 19 de maio de 2009

Poético Mitológico (MISS CARICATURA)




Senhoras e Senhores
Pensar é uma coisa que nem cogitara
Cadê o homem simples e sua... Ops... esqueci de novo....
O homem que busca algo... Mais o que séria?
Séria ou séria coisa seria.
O relato do drama, mas qual é drama?
É tudo automático, hoje é dia,
Eu aperto um botão eles falam,
Eu falo, eu digo, eu, eu, eu, eu...
Mas qual é o drama do homem simples?
Ele, ele, ele, ele, ele...
Eu só sei que tenho que apertar um botão?
Mais quantos botão...
E o homem simples e a sua... esqueci de novo...
Eu sei que tenho que apertar um botão!
Qual é o drama? É tudo automático...
Eu aperto um botão...
Eu, Eu, Eu, Eu...
E ele, E ele, E ele é ele é ele...
Mais qual é o Drama?
Eu aperto um botão ou o botão que tem vida.
Mais qual é o Drama? Esqueci...


A história da caricatura tem início nas antigas civilizações: os assírios, gregos e romanos fizeram uso da caricatura. Platão r Aristóteles, os seguidores de Sócrates, trataram de forma irônica e até caricatural a imagem dos sofistas. Os sofistas eram vistos como uma espécie de magos das palavras, eles tinham um estilo muito particular, que priorizava o discurso como via de persuasão. O mais importante para eles não era a verdade em si, as ideias, mas sim o poder de convencimento das palavras, a beleza do discurso, a forma como ele era apresentado ao público.
Respeitável público
Tirando a roupa da mentira
Rir pensando
Pensar rindo
Fazer rir
Aplausos para a SENHORA do riso!
MISS CARICATURA.
"Não é a verdade que é engraçada. Engraçada é a maneira com que o humor nos faz chegar a ela" (Ziraldo).
"O humorista, o artista, o grafista é um homem como outro qualquer, que sofre as consequências da sociedade e que analisa o que observa" (Zélio)."Tudo dá para charge. Não tenho preferência, mas a corrupção, a luta pelo poder dá um material muito bom" (Hilde).

sábado, 16 de maio de 2009

Poético Mitológico (HUMOR olímpico)

Em Atenas, o governo não controlava os alunos nem as escolas. Um garoto ateniense geralmente entrava na escola com idade de seis anos. Ao invés de militares intimidadores, a criança ficava confiada a um pedagogo, que era um escravo de confiança. O intelecto interessava mais que a força física. O aluno estudava aritmética, literatura, música, escrita e, claro, educação física. O aprendizado incluía também decorar muitos poemas e aprender a tomar parte nos cortejos públicos e religiosos. (A história ilustrada da Grécia antiga. Editora Escala).


Ops...

Os gregos desenvolveram muitas coisas importantes

Ops...

E a escola Grega...

Desenvolveu... Uma coisa que não é bastante importante...

Mais é fundamental para o desenvolvimento humano...

Alguém pode adivinhar,

É...

Uma pista:


Eram uma vez dois irmãos. Um era otimista, o outro, pessimista. Certa vez, no Natal, ao abrirem seus presentes, os meninos encontraram o seguinte: o pessimista tinha ganhado uma bicicleta linda, de dez marchas, moderna e sofisticada. O otimista, ao abrir a linda caixa que recebera, deparou-se com um monte de fezes de cavalo.

Disse então o pessimista:

- Viu? Ninguém gosta de mim. Agora, com certeza, mais cedo ou mais tarde, eu vou cair e quebrar a cabeça com essa bicicleta que corre tanto...

Enquanto isso, o otimista já saíra correndo para rua, disparado, gritando:

- Cadê meu cavalinho? Cadê meu cavalinho que ganhei no Natal?


(Tânia Zagury. O adolescente por ele mesmo. Rio de Janeiro, Record, 1996).


Sobre o HUMOR:

"Necessitamos do Humor e nem sempre nos damos conta disso. Somos sarcásticos, irônicos, irreverentes, melodramáticos, o que é inerente ao Humor [...] Aprendemos que o dia em que não rimos é o dia mais perdido" (Geandré).

Ou

"Depois de ter criado o mundo, Deus criou o Homem e Mulher. E, para preservá-los da destruição, ele inventou o humor" (Mordillo).

Poético Mitológico (A Marionete Pós-Moderno)


Respeitável público
Quer ganhar dinheiro no sinal?
O número mais difícil que existe é o malabarismo, que tal!
No mundo capitalista
Essa prática é ideal
Imagine,
Possuir uma habilidade para lidar com situações difíceis.
É o máximo; UAU!
"o número mais difícil que existe é o malabarismo"
A frase não é minha não! É do domador Orlando Orfei, que já foi parar 63 vezes no hospital por causa dos animais.
Para um Domador de animais dizer isso, é porque é difícil mesmo!
Senhoras e Senhores
Para apresentar esse número
Chamo o mais querido dos palhaços
Senhoras e Senhores
Aplausos para... Para... Para...
Ai meu Deus esqueci o nome dele.
Espera ai, eu anotei em algum lugar,
Deixa-me ver, Qual é seu número de inscrição ou seu código de barra.
Achei, é o número dele é 3.000.456.006-766.
Desculpe pela demora
"Respeitável público"
Chamo ao centro do palco
"O importântissimossimooooo"
A Marionete Pós-Moderno
"Aplausos"



Apresentador: Você não se sente preso por tantos fios, como um escravo.
Marionete: Não, estou bem seguro!
Apresentador: Você é bastante usado nas representações teatrais, principalmente para o público infantil.
Marionete: Mais claro! Nunca falo besteira, sou controlado por fios, meu condutor é que cria meu próximo passo!
Apresentador: "RISOS", acho que não vou conseguir de você, uma performance mais criativa.
Marionete: Estou aqui para cumprir a pauta, roteiro, esqueceu que sou programado por outras pessoas, elas que pensam e eu só executo! Ok. Mas claro que se mudarem meus donos, eu posso mudar meu texto e executar criativamente outra performance!
Apresentador: Aplausos, ele pensa.
Divirta-se
O pombo
Vinícius de Moraes contava ter ouvido de uma sua tia-avó, senhora idosa muito boazinha, que um dia ela estava na sala de jantar, em sua casa no interior, quando um lindo pombo pousou na janela. A senhora foi se aproximando devagar e consegui pegar a ave. Viu então que em uma das patas havia um anel metálico onde estavam escritas umas coisas.
- Era um pombo-correio, titia.
- Pois é. Era muito bonitinho e mansinho mesmo. Eu gosto muito de pombo.
- E o que a senhora fez?
A senhora olhou Vinícius com ar de surpresa, como se pergunta lhe parecesse pueril:
- Comi, uai.
(Rubem Braga. Recado da primavera. 3ª. ed. rio de janeiro: Record, 1985).
Na Grécia antiga, enquanto os trabalhadores livres eram mais números nas atividades livres eram mais numerosos nas atividades de subsistência, na pequena produção mercantil e no comércio varejista, os escravos predominavam na produção em larga escala, no campo e na cidade, nas minas e nos serviços domésticos. Assim, coexistiam o trabalho livre e o trabalho escravo.
Escravos alugados
Havia, entre os gregos, também escravos alugados, exercendo funções de porteiro, pedagogos, cozinheiros, amas, sendo que seus donos recebiam o salário. Posteriormente, os pequenos proprietários que se endividavam e não conseguiam saldar seus compromissos eram transformados em escravos do credor, bem como toda sua família. Também eram estrangeiros adquiridos no mercado ou prisioneiros de guerra.
Revoltas raras
Curiosamente, a história registra certa tolerância dos escravos com seu destino trágico de explorados. Por serem de origem muito diversificada, as revoltas de escravos eram muito raras.(trecho retirado da revista À história Ilustrada da Grécia Antiga, Arte, Cultura, Filosofia editora Escala LTDA).

sábado, 9 de maio de 2009

Poético Mitológico (O mundo mágico do circo!)





Incrível que pareça que o universo lúdico do circo tenha origem nas sanguinolentas lutas de gladiadores, mas é isso mesmo. Foi durante o século seis a.c que apareceram as primeiras versões desse tipo de arte. Reunidas no circo Maximus, em Roma, 150 mil pessoas assistiam a apresentações nada inofensivas. Na era medieval, os artistas improvisaram em praças públicas e feiras. Era preciso viajar para procurar público e, por isso, nasceram às trupes circenses.
Então vamos conhecer um pouco da história dos personagens do circo.
O palhaço, mas primeiro, qual é o palhaço em questão?
Vamos conhecer os tipos:
1. CARA BRANCA
É o mais elegante e metido. Sua performance é cheia de números que exigem habilidade e treino. É ele quem atira à torta e nunca recebe uma na cara.
2. MÍMICO
Nunca fala (ele usa as mãos e o corpo para contar histórias engraçadas). A maquiagem termina na linha do queixo, deixando o pescoço descoberto.
3. AUGUSTO
O mais clássico. Não faz nada direito e é sempre vítima das pegadinhas do Cara Branca. Usa o tradicional nariz vermelho, muita maquiagem, roupas largas e peruca.
4. VAGABUNDO
Inspirado em moradores de rua europeus, pinta uma barba falsa e usa roupas rasgadas ou com remendos. O vagabundo triste é o tipo mais comum.
5. AUGUSTO EUROPEU
Não usa fantasia (só o nariz), mas escolhe peças lúdicas, como macacão ou suspensório. Popularizado pelo trabalho de ONGs em hospitais.
Já adiviou qual é o palhaço do espetáculo? Uma dica:
"A simplicidade é o máximo da sofisticação" (John Sculley)
Uma lição da performance: "Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz" (Mário Quintana).

Poético Mitológico (O circo dos sátiros greco-romanos)






Senhoras e Senhores!
Uma música para abrir o espetáculo.
Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver o circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade
Faço versos pro palhaço
Que na vida já foi tudo
Foi soldado, carpinteiro.
Seresteiro, vagabundo
Sem juiz e sem juízo
Fez feliz a todo mundo
Mas no fundo não sabia
Que em seu rosto coloria
Todo o encanto do sorriso
Que o seu corpo não sorria
Fala o fole da sanfona
Fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora
Que desponta a bailarina
Que o seu corpo é de senhora
E o seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora
Quem cantava desafina
Porque a dança só termina
Quando a noite for embora
Vai, vai, vai terminar a brincadeira
Que a charanga tocou a noite inteira
Dorme o circo, renasce na lembrança.
Foi-se embora e eu ainda era criança...
(O circo, Marília Barbosa letra disponível http://www.teledramaturgia.com.br/)


Questão e discussão:
A comédia é uma das mais eficientes maneiras de combater o classicismo. Na Itália neo-aristotética, Maquiavel consegue realizar um penetrante estudo da sociedade de sua época, A Mandrágora (1520). Mas a vigor popular te seu expoente no trabalho de Ângelo Beolco (conhecido como Ruzzante), que liberta a comédia renascentista dos preceitos clássicos e utiliza essencialmente a linguagem e os valores do povo. Está aberto o caminho para mais fascinante época da hegemonia do ator e do improviso, ato de rebeldia que rompe qualquer proposta clássica, elitista ou literária: a commedia dell'arte, formidável surto de teatro popular.
(trecho extraído do livro O que é teatro de Fernando Peixoto)
Umas frases para os senhores e senhoras materialistas e acha isso tudo uma perda de tempo ou uma grande bobeira:
"Um negócio que não produz nada além de dinheiro é um negócio pobre" (Henry Ford)
“O mercado nunca é saturado com um produto bom, mas é muito rapidamente saturado com um produto ruim" (Henry Ford).
OU
"Se o dinheiro é a sua esperança para independência, você nunca a terá. A única segurança real que um homem pode ter neste mundo é uma reserva de conhecimento, experiência e habilidade" (Henry Ford).
Uma dica do sátiro critico;"É possível descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa" (Platão).

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Poético Mitológico (A vitória de Teseu sobre o Minotauro)


O LABIRINTO
Vozes nebulosas
Música sombria
Paredes da agonia
Corredores frios
Lentes sinistras de volúpia dolorosa
Febril agitação
O rugido do animal
Caminhar ou parar...
O terror que pouco a pouco toma conta
O labirinto dos fadigados e desiludidos
Paredes que se multiplicam...
Repetidas ou novas
Só paredes e imensos corredores
Almas presas em prisões colossais
Nesses silêncios solitários
Almas mudas e fechadas
A respiração tenebrosa da criatura
O perpétuo animal que te devora
Impiedoso, cruel e assustado.
Criatura que devora...



Labirinto: Construção com muitas passagens ou divisões, dispostas para dificultar que se lhe ache a saída. No figurativo é complicação e dificuldade.
Teseu derrotou o Minotauro, monstro que habitava o célebre labirinto mantido pelo rei Minos, na ilha de Creta. Decidido a livrar Atenas do pesado tributo devido Creta, o herói seguiu para o sacrifício de entrar no labirinto. Mas, antes de entrar no labirinto do Minotauro, recebeu uma ajuda fundamental, recebeu de Ariadne um novelo de lã para marcar o caminho de volta. Assim, conseguiu matar o monstro e salvar sua vida e dos companheiros.
Frases que escutamos quando estamos no labirinto:
"Quando não se sabe para onde vai, nunca se vai muito longe" (Goethe).
"Não existe vento favorável para aquele que não sabe para onde vai" (Arthur Schopenhauer)
"Mais perdido que minhoca em galinheiro" (Ditado popular)
Sobre o uso do novelo de lã:
"Tornar o simples em complicado é fácil, tornar o complicado em simples é criatividade" (Charles Mingus).
Sobre a vitória de Teseu sobre Minotauro e a ajuda de Ariadne:
"Não é nada diminutivo em aceitar a ajuda de alguém para resolver uma problemática" (Rodrigo Ladir).