Nosso quarto
gladiador candidato é representante da Rainha Grega... Ele é magico é usa uma
bela mascara política que mistura os jogos de palavras e o encanto da coligação
magica que transforma sua ideologia em magica encantada... Através do
espetáculo politiqueiro da ideologia eleitoral. Ele é um feiticeiro das
palavras elaboradas para fazer o grande truque eleitoral pop cultural... Vem
vestido com a astúcia verbal... É um forte estrategista, ou melhor, mágico
populista... Que transforma campanhas em encantos populares, ele busca a ilusão
perfeita do poder politico. Na hora do combate eleitoral... Seu lema é “Abracadabra
poderosos alto-falantes da mídia”... No grande combate da Arena Mídia Star...
Apresento o Ultra Mágico Retórico Coligarca...
Ele canta: Abracadabra política pop star
Nasce o antigo discurso politico sedutor sofista
Encantado pela sua astúcia verbal
O melhor truque é jogar com o desejo consumista popular
Repita, repita fabuloso Retórico Coligarca
Abracadabra poderosos alto-falantes da mídia
O show deve continuar em espetacular dialética popular.
Para a grande mágica acontecer
O mais eficiente feitiço politico vai vencer
Que saia o mais esperto coelho competitivo
E não a famosa velha tartaruga da retórica politica.
Repita, repita fabuloso Retórico Coligarca
Abracadabra poderosos alto-falantes da mídia
O show deve continuar em espetacular dialética popular.
Na famosa peça do teatro social
O casamento da cega miss justiça com o aclamado mister
progresso
É um grande baile de máscara social
Onde cada um tem o seu papel pré-determinado
Só depende do superpoder do cartão de credito apropriado...
Repita, repita fabuloso Retórico Coligarca
Abracadabra poderosos alto-falantes da mídia
O show deve continuar em espetacular dialética popular.
Use sua melhor máscara sócio-cultural
Como dizia um famoso carnavalesco
“O povo gosta de luxo”
Então use a melhor máscara que tiver
No grande show capitalista
Repita, repita fabuloso Retórico Coligarca
Abracadabra poderosos alto-falantes da mídia
O show deve continuar em espetacular dialética popular.
Ao
admitir que cumpre-nos apenas viver conforme a sociedade já bem o definiu, cada
qual desempenhando seus papéis sociais como o de marido, esposa, pai, mãe,
trabalhador etc, permanecemos presos, impedindo o maior desenvolvimento. Não
percebemos que cada papel carrega em si o próprio limite de atuação. Este
limite é o referencial a que recorremos para definir as regras de cada atuação
social necessária ao melhor convívio. Se por um lado ganhamos, ao identificar,
aprender e ensinar à descendência como se deve viver para que não se sujeite à
sorte, em contrapartida perdemos o espaço à criação de performances alternativas
e desta forma reduzimos as chances de desenvolver a autonomia crítica, visto
pouco questionarmos se os papéis que desempenhamos socialmente são a única
maneira de viver e interagir.
Cada
papel diz respeito a uma máscara usada para encenar o teatro da vida. Temos que
ser de um jeito para com nosso chefe, seguidores, colegas de trabalho, filhos,
vizinhos, padeiro, pastor etc. É claro que temos personalidade. Todavia, ela
nos leva a vestir tais máscaras para que haja adaptação cotidiana. Não obstante,
cada máscara possui uma limitação de se agir, moldando-nos a uma forma de ser.
Ocorrem conflitos por causa do desacordo entre tipo de temperamento
introvertido ou extrovertido, experiências acumuladas, conceitos formados, e
padrões de comportamento sugeridos pela sociedade. Nas relações conjugais, por
exemplo, o psicólogo Carl Rogers (1902-1987) concluiu que Numerosos problemas
desenvolvem-se na medida em que tentamos satisfazer as expectativas do outro…,
e que não devemos nos afeiçoar pelos desejos, regras e papéis que os outros
insistem em impor-nos.
Sabemos
que limites são importantes para o adequado convívio. Não se defende aqui a
abolição de leis e regras, já bem explicadas por pensadores de outros séculos,
como Thomas Hobbes (1588-1679), por sua afirmação de que O homem é o lobo do
homem, e Voltaire (1694-1778), ao comparar: Para que uma sociedade consiga
sobreviver, fazem-se necessárias as leis, assim como as regras para os jogos. A
ordem política tem o seu papel na regulação do convívio entre os homens. No
entanto, nos revestimos destes papéis ao usar as máscaras sociais e agimos
apenas em conformidade a eles. Tal fato oculta poder, vez que imputamos
limitação a nós mesmos seguindo rigorosamente as diretrizes que cada papel
determina. Não nos inquietamos a ponto de refletir sobre se devemos pensar e
agir diferentemente do que estamos acostumados. Não ousamos participar mais dos
acontecimentos. Um exemplo é a idéia de que política deve ser realizada apenas
por político ou quem detém o papel deste setor para lidar com os assuntos
pertinentes. Nos enganamos. Podemos e devemos ser mais presentes em assuntos
dessa natureza. Já se provou que a opinião popular é importante e tem peso, não
só nas eleições, mas na luta pelos direitos democráticos, em processo de
impeachment presidencial, referendo, etc. Basta usar a máscara para este tipo
de necessidade e exercitar o seu papel.
Não nos
damos conta de que respeitamos em exagero os limites dos papéis sociais e por
tal razão criamos uma mentalidade enrijecida. Agimos desta forma
despercebidamente desde bem pequenos. Cremos que outros papéis como o de
pessoas de talento, bem sucedidas, com carreira em dada profissão etc, servem
apenas para quem já os exerce. Entretanto, muitos são os papéis a serem
utilizados até se chegar onde o sonho alcança. Outra questão crucial é o medo e
a obediência incondicional a que nos sujeitamos mediante personagens que usam
máscaras de posição social ou hierarquia acima da nossa. Simplesmente
obedecemos ou nos queixamos às escondidas sem propor idéias e pontos de vista
contrários, que podem, conforme a ocasião e a necessidade, serem
surpreendemente melhores.
Por
detrás de toda máscara há um ser humano tentando sobreviver em seu meio,
buscando a adaptação à sociedade ou grupo ao qual pertence. Portanto, os papéis
são importantes. Segue-se, porém, que é relevante a capacidade potencial que
todos possuem para desenvolver a criatividade, autonomia e ações pessoal e
comunitária. Mas para dinamizá-la, urge reconhecer as múltiplas possibilidades
a se desempenhar por meio de novos e essenciais papéis, além dos que já temos.
Há o
poder que prende e o que liberta. Podemos crescer em outro papel, libertando-se
da idéia prisioneira de limitação. A vida é repleta de oportunidades, mas se
não acreditarmos em nossa própria capacidade, nada acontecerá. Escolha uma nova
máscara ou melhore o desempenho das que já usa. Aproprie-se do poder que há em
cada papel. Máscaras sociais que antes pareciam impossíveis de lhe pertencer
estão mais próximas do que você supõe. Com que máscara deseja triunfar?
UM PENSAMENTO DO AUTOR: