sexta-feira, 1 de maio de 2009

Poético Mitológico (A vitória de Teseu sobre o Minotauro)


O LABIRINTO
Vozes nebulosas
Música sombria
Paredes da agonia
Corredores frios
Lentes sinistras de volúpia dolorosa
Febril agitação
O rugido do animal
Caminhar ou parar...
O terror que pouco a pouco toma conta
O labirinto dos fadigados e desiludidos
Paredes que se multiplicam...
Repetidas ou novas
Só paredes e imensos corredores
Almas presas em prisões colossais
Nesses silêncios solitários
Almas mudas e fechadas
A respiração tenebrosa da criatura
O perpétuo animal que te devora
Impiedoso, cruel e assustado.
Criatura que devora...



Labirinto: Construção com muitas passagens ou divisões, dispostas para dificultar que se lhe ache a saída. No figurativo é complicação e dificuldade.
Teseu derrotou o Minotauro, monstro que habitava o célebre labirinto mantido pelo rei Minos, na ilha de Creta. Decidido a livrar Atenas do pesado tributo devido Creta, o herói seguiu para o sacrifício de entrar no labirinto. Mas, antes de entrar no labirinto do Minotauro, recebeu uma ajuda fundamental, recebeu de Ariadne um novelo de lã para marcar o caminho de volta. Assim, conseguiu matar o monstro e salvar sua vida e dos companheiros.
Frases que escutamos quando estamos no labirinto:
"Quando não se sabe para onde vai, nunca se vai muito longe" (Goethe).
"Não existe vento favorável para aquele que não sabe para onde vai" (Arthur Schopenhauer)
"Mais perdido que minhoca em galinheiro" (Ditado popular)
Sobre o uso do novelo de lã:
"Tornar o simples em complicado é fácil, tornar o complicado em simples é criatividade" (Charles Mingus).
Sobre a vitória de Teseu sobre Minotauro e a ajuda de Ariadne:
"Não é nada diminutivo em aceitar a ajuda de alguém para resolver uma problemática" (Rodrigo Ladir).

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