sexta-feira, 3 de abril de 2009

Poético Mitológico (A Confeitaria de Monstros)

Confeitaria para MONSTROS:
Receita: Quimera Grega


Ingredientes:
Ciúme
Inveja
Injúria
Falsidade
Calúnia
Desprezo
Traição
Ignorância


Modo de fazer:
Misture o ciúme com a inveja com algumas raspas de falsidade. Reserve numa tigela, bata a calúnia com o desprezo até obter a traição. Junte os deboches aos poucos até que a injúria cresça.
Adicione a falta de apreço e a desconsideração pela honra da pessoa. Continue a bater, arrume alguns aliados para rebaixar e humilhar e menosprezar o outro ou aquele que não faz parte de sua simpatia. Despeje numa forma untada de arrogância e leve para assar em forno bem quente, durante vários anos. Desenforme a Quimera. Use a fofoca para espalhar a injúria como cobertura.
Está pronto!
Rendimento:
Suficiente para detonar qualquer um. Lembre em servir em pequenas porções para não cair à máscara.
De acordo com a versão mais difundida da lenda, a quimera era um monstruoso produto da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente e o gigantesco Tífon. Outras lendas a fazem filha da hidra de lerna e do leão de Neméia, que foram mortos por Hércules. Em linguagem popular, o termo quimera alude a qualquer composição fantástica, absurda ou monstruosa, constituída de elementos disparatados ou incongruentes.
O que eu poderia dizer para tal monstruosidade e crueldade:
"A calúnia e a injúria são as armas prediletas dos ignorantes" (Oscar Wilde).
Ou
"É pior cometer uma injustiça do que sofrê-la, porque quem comete transforma-se num injusto e quem a sofre não" (Sócrates).

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