segunda-feira, 13 de junho de 2011

POÉTICO MITOLÓGICO (Aventuras de Pré-cavaleiro)

Boa noite!
Senhoras e Senhores
A saga do querubim continua.

Ulalá! O anjo voou para o gramado do jardim. A desconcertante profusão e confusão da vegetação, e a inesgotável variedade de suas formas e colorações, deixou nosso querubim curioso. O seu passeio paradísiaco no campo, tão diversos pela matriz das cores, fascinou e intimidou nosso pequeno aventureiro. As damas verdes triufam no belo tapete aveludado. Ao elogiar os belos goivos, sente uma leve vertigem! E pergunta: Quais os nomes das belas damas?
- Somos as famosas e poderosas Comigo-Ninguém-Pode e a Espada de São Jorge, filhas da velha senhora natureza, perigosas e protetoras desse belo jardim.

Episodio dois: A expedição Selvagem

O notável Rocaille apresenta: Aventuras de pré-cavaleiro;
Cantado pelo nosso explorador de corações.

Nas maldades não há nunca testemunhas
Há desatentos e muitos curiosos
Quem reconhece o drama do outro!
Se a verdade ainda causa espanto
É infâmia demais mesquinhas criaturas

Como um aventureiro de coração aberto
Comigo-ninguém-pode
Dilacerar-me com seu olhar
Pode até atirar palavras afiadas
Eu carrego a fé e a esperança,
Trazendo comigo a poderosa espada de São Jorge

Em mimos humanos, causa admiração
Enganei-me! Horrendo caos humano
Destes alegres campos de beleza
Enfim vejo!
Momentâneos prazeres que não dura

Como um aventureiro de coração aberto
Comigo-ninguém-pode
Dilacerar-me com seu olhar
Pode até atirar palavras afiadas
Eu carrego a fé e a esperança,
Trazendo comigo a poderosa espada de São Jorge

Como um aventureiro de coração aberto
Comigo-ninguém-pode
Dilacerar-me com seu olhar
Pode até atirar palavras afiadas
Eu carrego a fé e a esperança,
Trazendo comigo a poderosa espada de São Jorge

Vejo descritos nos belos ramos disfarçados,
Registros de guerras e lutas
Nas nervuras nítidas de folhas,
A marca incompreensíveis de crueldades
Adejam entre zéfiros, e amores que germinam
E espalham como pólen

Bom! O que é uns goivos: são plantas com flores aromáticas e melíferas, nativas da Europa e muito cultivadas como ornamentais.
Agora vou definir as duas protagonistas do poema:

Comigo-ninguém pode: nome comum a duas plantas ornamentais originárias do Amazonas, de folhas grandes, verdes, pintalgadas de branco e muito perigosas pelo veneno (Sin Aniga-Pará, Cana-de-imbé). Algumas regiões do mundo, a sua popularidade como planta doméstica é acrescida devido à fama que a planta leva de "espantar o mau-olhado e maus-espíritos". Nas folhas e no caule dessa planta ocorrem células especializadas chamadas idioblastos que guardam uma grande quantidade de pequenos cristais de oxalato de cálcio em forma de agulhas. Esses cristais recebem o nome de ráfides e são responsáveis por parte da toxicidade do vegetal.
Espada-de-São Jorge: Planta originária da África, cultivada como ornamental pelas folhas longas e marmorizadas. A Sansevieria trifasciata ou Sandevieria também conhecida como rabo-de-lagarto, língua-de-sogra e sanseviéria. É uma planta altamente tóxica, cuja seiva pode matar quando em contato com a corrente sanguínea. São também conhecidas como plantas de proteção contra o mau-olhado, devendo ser colocada próximo à entrada das casas. Nos cultos afro-brasileiros, ela também chamada de espada-de-ogum (quando tem coloração verde) ou espada-de-ossose (bicolor, com bordas amarelas). Esta folha sagrada é uma folha gún (“excitante ‘quente”), sempre presente nos rituais de sasanha e na realização de águas sagradas denominadas de abô.

Eu acho com duas amigas tão poderosas nenhuma serpente vai perturbar nosso pequeno querubim de jardim.
Pensamento do dia: "Como é bom ter amizades superpoderosas" RLM

Hoje meu pequeno toque francês é o botânico Gaston Bonnier. Quer saber mais? É uma grande oportunidade de se transformar em um pesquisador. "Pesquisar não faz mal a saúde, melhor combate a ignorância crônica".

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