terça-feira, 24 de maio de 2011

POÉTICO MITOLÓGICO (A Fonte dos Desejos)

Um sonho bonito lembra-me de um tapete cristalizado, cobrindo todo um jardim. Os cristais cresciam aglomerados e quanto mais densos o sonho, mais bonito é o seu efeito. O cristal deixa o solo rico e brilhante, mas também fino e cortante.
Mas com adubar corretamente um solo diferenciado e estranho?
Senhora e Senhores!
Nosso sarau esta mais para um espetáculo surrealista...
O notável Rocaille
APRESENTA: NOVELAS DE UM QUERUBIM DE JARDIM

Nossa pequena estatueta de gesso canta: A FONTE DOS DESEJOS

O jardim é mui gracioso
Tão fértil em virtude do imaginar
Deste alegre campo de beleza
Doce máquina que me conduz
Com engrenagem de emoção

Formosa fonte dos desejos
Correm turvas as águas deste chafariz
Claras e frescas como cristal
Esmaltada forja perfeita
Sacia minha sede

Se o meu desejo não tem fim
Por força do muito imaginar
Bailemos no mais ardo desejo
Com mil refletores
Espalhando por aí tanta paixão

Formosa fonte dos desejos
Correm turvas as águas deste chafariz
Claras e frescas como cristal
Esmaltada forja perfeita
Sacia minha sede

Que alegre o amor campestre
As aves de mil cores
Bendito jardim mais belo que o bosque Fontainebleau
Deixa louvar da corte a vá grandeza
A mãe das flores coroar

Sobre o nosso pequeno querubim de gesso: ele não é apenas uma estátua de decoração de um belo jardim. O material que é feito e resultante do cozimento do gipso, seguido de moagem. Esse mesmo material misturado com água e endurecido. Mas na agricultura é fertilizante cálcico usado na manutenção de pastagens e correção de acidez do solo.
O jardim pode ser uma fabulosa obra de arte. Cito André Le Nôtre era arquiteto e paisagista. Foi o encarregado pelo rei Luiz XIV de conceber o plano dos jardins do Palácio de Versalhes. O resultado deu origem à expressão "jardim à francesa", em que a natureza é moldada para compor desenhos e padrões geométricos que manifestem ordem, harmonia e equilíbrio.
Um pensamento sobre o jardim de cristal:
"Pintar é um estrondoso choque de mundos opostos predestinados a criar juntos, na luta e a partir dela, um novo mundo que se chama obra" (Wassily Kandinsky).

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