sábado, 28 de março de 2009

Poético Mitológico (Perseu e o Simulacro de Atena)



A história do mito do herói ajuda a entender a difícil relação do ser humano com o mal e explica por que ele se tornou um ícone de consumo.
Herói nome dado pelos gregos aos grandes homens divinizados ou aquele que se distingue pelo valor ou por ações extraordinárias, principalmente por feitos brilhantes durante a guerra. Também é o principal personagem de uma obra literária ou cinematográfica o protagonista da história.
Perseu foi encarregado por Polidectes de decepar a cabeça da Medusa. Para isso, o herói muniu-se de objetos mágicos, presentes dos deuses. Com ajuda de Atena, Hades e Hermes, Perseu venceu a Medusa. Para evitar sua visão que petrificava quem a fitasse, guiou-se por sua imagem refletida no escudo de Atena.
O mundo para Platão tinha pelo menos três graus: o modelo, o reino das ideias, da verdade absoluta; a cópia, o mundo em que vivemos, e o simulacro, a cópia da cópia.
O olhar de Medusa é uma faca de dois gumes mesmo morta podia petrificar quem olhasse para sua cabeça. Uma mecha de seu cabelo afugentava qualquer exercito invasor e seu sangue tinha o dom de matar e ressuscitar pessoas, sem falar Medusa era uma das três Górganas.
Todo ser humano, cada um á sua maneira e desafios, de um modo ou de outro, sente aprisionado: Basta analisar a enorme quantidade de pessoas insatisfeitas com a famosa vida moderna.
A vida moderna seria o reflexo da individualidade do homem, seu simulacro, os desafios sempre se apresentam e se multiplicam, nas sociedades antigas existia a figura do herói, mais no mundo moderno esse produto está cada vez mais em falta. Essa escassez da figura do herói seria pela grande falta de matéria prima, para produzir qualquer coisa precisa de modelos, o que está faltando. O que vemos é o grande sucesso de produção de monstros o que não falta é matéria prima, ela esta sobrando e cada vez serão produzidos mais e mais monstros.
Deveria ter um equilíbrio entre o herói e o monstro, mais para fabricar um herói é muito mais trabalhoso deve exercitar suas virtudes, sem falar em aperfeiçoar seu caráter, sentimentos e sua bondade, muito difícil. Para ser monstro é só deixar a natureza humana guiar sem nenhuma preocupação com sua consciência, movidos pelo instinto. Quem duvidar dessa afirmação é só ler um livro de história mundial ou mais fácil ver um telejornal, você vai notar que a quantidade que os monstros aparecem é impressionante. "Onde estão os heróis? Só nos contos de fadas!"
Ditados populares:
"Pimenta nos olhos dos outros é refresco"
"Cada macaco no seu galho", ou melhor, "Santo de casa não faz milagre".

Frases para os aspirantes a herói:
"Entre o homem que se faz compreender e aquele que não se faz há um abismo de diferença. O primeiro salva sua vida" (Primo Levi 1919/1987) escritor italiano.

Sobre as dificuldades que enfrentei:
"Ninguém está livre de sentir o que senti" (Rodrigo Ladir).

sábado, 21 de março de 2009

Poético Mitológico (No Covil das Górgonas)


Parado
Olhar que petrifica
Pessoa sem ação
Endurecer, empedernir, insensibilizar
Pessoa imóvel
Torna-se duro como pedra
Nossa visão é poderosa
Imobiliza devido ao medo ou susto
Visão que assombra
As sereias usam sua voz
Já usamos nosso olhar
Visão do pavor
Para tornar um corpo orgânico
Em substância pedregosa
Nosso objetivo é claro
Parado como Estátua
Pare o movimento
Pare o tempo
Pare o sonho
Pare o desejo
Pare o amor
Pare a esperança
Pare a vida
"Seu destino é ser estátua"
O movimento gera liberdade
Estátuas não falam
O silêncio é sua expressão
"Você já foi longe demais"
Pare
"Aonde você pensa que vai"
Pare
"Este é seu lugar"
Pare
"Você esta no seu devido lugar"
Pare
"Você pensa que pode se transformar"
Pare
Parado como Estátua
"Não se atreva de mudar de lugar"
PARE, PARE, PARE, PARE...
"Você já achou o seu lugar"
Pare
"Nós já dissemos para parar"
Parado como Estátua,
Pare, Pare, Pare...


As três Górgonas, segundo a mitologia Grega, de tão horríveis, possuíam o poder de petrificar com o olhar.
"O tema da Medusa integrava a tradição iconográfica florentina e dos Médici, para quem era um símbolo de poder: Leonardo da Vinci já havia pintado uma Medusa que era, conforme o biógrafo Giorgio Vassari, "a invenção mais estranha e extravagante jamais concebida". Provavelmente, Del Monte, alquimista aficionado que considerava Da Vinci um feiticeiro, desejava que Caravaggio desse continuidade à tradição e pintasse um monstro ainda mais horrendo”.
Extraído da coleção Folha Grandes Mestres da Pintura/ Caravaggio.
Sobre a visão das górgonas:
"A arte de um povo é um reflexo autêntico de sua mentalidade" (Nehru).

sábado, 14 de março de 2009

Poético Mitológico (As Engenhocas de Arquimedes)

Plano de ação


Objetivos gerais:
Resolver o desafio da coroa do rei e promover o desenvolvimento de uma reflexão coletiva, possibilitando um trabalho artístico, articulando a criatividade como combustível para a mente humana e defender o santuário da deusa prateada da ignorância primitiva.

Justificativa:
Movido por um ardente desejo, ansioso por ver a abundância do pensamento criativo desenvolvendo a habilidade poética dos elementos simbólicos da expressão coletiva e individual.
Metodologia e Estratégias:
*Percepção visual
*Sensibilidade estética
*Pensamento criativo
*Pesquisa histórica
*Experimentos
*conhecimentos e expressão em Artes visuais, música, teatro e dança.

Contexto histórico:
A cidade de Arquimedes, Siracusa, ficava, geograficamente, entre duas potências: de um lado, havia Cartago, e de outro, Roma. Ambas queriam ter o domínio de Siracusa, embora fosse uma colónia grega. “Essa situação gerou conflitos, diante dos quais Arquimedes mostrou ser hábil construtor de máquinas militares, como, ocorreria com outro artista da história, cerca de 1500 anos depois Leonardo da Vinci".
Foi o rei Hieron quem encomendou a Arquimedes inventos para defender Siracusa, caso ela entrasse em guerra com uma das duas potências. Mesmo relutante Arquimedes obedeceu ao rei, para proteger a cidade da invasão.
Primeiro, Hipócrates - um cidadão de Siracusa que foi subornado por Cartago, assassinou o filho de Hieron, que, então, governava e tomou o poder. Depois, Roma mandou uma legião de soldados comandados por um de seus grandes generais, Marcellus, para invadir e destruir Siracusa. Porém, apesar do poder romano, a cidade conseguiu-se defender, graças ás engenhocas projetadas por Arquimedes. Uma dessas máquinas teria sido um enorme espelho que refletia o sol (Apolo), concentrando a sua luz em cima dos navios romanos, que, assim pegavam fogo (se queimavam) da mesma forma que podemos queimar uma folha seca com uma lupa.

Um pensamento:
"Todo argumento é reduzido a eterno silêncio, e estas ciências [exatas] podem ser gozadas em paz por seus devotos, o que não ocorre com as quiméricas ciências da mente." (Leonardo da Vinci).

Curiosidade:
Marcellus não conseguia vencer as engenhocas de Arquimedes, o general decidiu ganhar Siracusa usado a mais primitiva das praticas ganhar pelo cansaço. "NADA CRIATIVO" com todo esse poder qualquer um ganha, até o mais primitivo dos humanos.

sábado, 7 de março de 2009

Poético Mitológico (A serenata das sereias VERSOS a seresta de Orfeu)

Sereias
Nenhuma voz me dirige!
Só a voz do coração
Não me conheces?
Olha-me bem, quem sou eu!
Em minha terra tem primores,
Escrita com sangue
Lerás as palavras da canção do coração
Da dor que me rala o peito
Suas canções são lentas, cruéis e disfarçadas.
Escutam minha prece...

O Canto de Orfeu


Sobre o olhar de Apolo
Deus da música
Canto
Os cânticos sagrados da Deusa
Ânsia dos desejos infinitos
Exala seu aroma etéreo
Claro incenso aromal
Orno minha testa com as flores de Perséfone
Sobre as nossas cabeças seu perfume
Sem que o possam deter, o tempo corre.
Apesar de quanto sofri
Muito penei!
Expor-me em praça pública
Como alvo á populaça
Sádicos
Adoram o martírio lento e prolongado
Quebre o silêncio é aceitar o sacrifício
Corações, que se meteram
Entre nós,
Eu invoco
A águia que dorme entre as nuvens
Acorde
Sacode as penas.
É hora de levitar
Dá-me estas asas...
As mesmas asas que foram perdidas pelas as criaturas que propagam a ilusão
Preciso encontrar o Serafim
Que me guiara.

O Canto das Sereias



Sereias: seres mitológicos, metade mulher e metade peixe ou ave, que atraia os navegadores para o naufrágio com seus cantos melodiosos. As sereias na época de Homero eram três irmãs, filhas do deus Aqueló, seus nomes gregos evocam as ideias de candura, de brancura e de harmonia.
Versos
Orfeu: Personagem de um mito descrito de maneiras diferentes pelos poetas e obscurecido por numerosas lendas. Orfeu se destaca sempre como o músico por excelência que, com a lira ou citara, apazigua os elementos desencadeados pela tempestade, enfeitiça as plantas, os animais, os homens e os deuses. Graças a esta magia da música, chega a obter dos deuses infernais libertação de sua mulher Eurídece, morta por uma serpente, quando fugia das investidas de Aristeu.
Entretanto, quando os Argonautas passaram nas suas paragens, as sereias fizeram vãos esforços para atraí-los. Orfeu, que estava embarcado no navio, tomou sua lira e as encantou a tal ponto que elas emudeceram e atiraram os instrumentos ao mar.


Frase para as Sereias:
"Te espero no farol
Pra ver o sol se pôr
Fazer denguinho
Fazer declaração de amor "(Rapazolla).



FRASES PARA AQUELES OU AQUELAS QUE PROCURAM O VERDADEIRO AMOR:
"A verdade alivia mais que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água" (Miguel Cervantes).
Ou
"A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida” (Eduardo Grião).