terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Poético Mitológico (Os Jardins de Adônis)



Entre oceanos e montanhas
Palavras saem da minha boca
algo sem explicação
Uma dúvida cruel
Assombra-me
Qual é a minha deusa do meu jardim encantado?
Ela é linda e brilha como as estrelas
Cheirosa como uma flor
Preciosa como um rubi
Porque entra nos meus pensamentos?
O que quer de mim?
Deixo o pensamento me guiar,
Um corpo inteiro para desvendar
Imagino você surgindo
Minha vida está em jogo
O INEVITÁVEL
Louco para ouvi-la
Em meu jardim
Minhas rosas tingidas de
Vermelho
Escolheu você!
Pra te amar...



Uma frase: “Como se pode fazer arte sem paixão”? O artista pode dominar a arte mais ou menos, mas é a paixão que motiva sua obra. Dizem que toda minha arte provém da inteligência. Não é verdade: tudo que fiz foi por paixão”. (Henri Matisse).


Sobre a ARTE feita só pela inteligência:
"A arte sem paixão é como comida sem tempero, não oferece perigo de irritar almas alérgicas e problemáticas a essa substância" (Rodrigo Ladir).

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Poético Mitológico (O Amor com sabor de AMORA)



Procura-se desesperadamente um grande AMOR.
Como o amor de Píramo e Tisbe
Na Babilônia
Vivia um rapaz
Existia uma linda mulher
A amizade virou amor
União e amor proibido
Separados por um muro
Não tinham um aliado
Nem confidente para levar seus recados
Desenvolveram uma linguagem própria
Acenos e sinais
Amor escondido ardia e abrasava
No muro havia uma rachadura
Uma fresta despercebida por outros.
Mas nada escapa aos olhos dos apaixonados
Um pequeno canal
Para escutar sua linda voz
Tisbe
Muro, muro não fique no.
Caminho dos que se amam!
Sentimentos puros
Encontro de almas,
Gestos e palavras...
Amor com sabor de AMORA...
Sabor da fruta dos que se ama
Tempero das emoções,
O mais saboroso suco...
O AMOR.
(Rodrigo Ladir)


Um pensamento para refletir:
"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muita pra ser insignificante: já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis" (Charles Chaplin).

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Poético Mitológico: (Parnaso o Ninho)

Para construção e elaboração das MUSAS a inspiração inicial foi o movimento literário parnasianismo que surgiu na França no século XIX que enfatizava o apuro formal do poema.
Algumas características marcantes como a:


1. Preocupação formal que se revela na busca da palavra exata, caindo muitas vezes no preciosismo.
2. Comparação da poesia com as artes plásticas, sobretudo com a escultura, a valorização da forma.
3. Frequentes alusões a elementos da mitologia grega e latina
4. Enfoque sensual da mulher, com ênfase na descrição.



Destaque histórico:
Em 1878, ocorreu, em jornais cariocas, uma polémica em versos que ficou conhecida como Batalha do Parnaso, em que a poesia romântica (idealista) foi atacada. Em 1882, Teófilo Dias publicou seu livro de poesias, Fanfarras, considerado o marco inicial do Parnasianismo brasileiro.
Curiosidade:
Parnaso era o nome de um monte na Grécia consagrado a Apolo (deus da luz e das artes) e às musas (entidades mitológicas ligadas às artes).

POÉTICO MITOLÓGICO (CALÍOPE a voz da coragem)





A ultima é a Rainha das Rainhas
Calíope musa da poesia épica
Sua bela voz foi amada por Apolo
É mãe de Orfeu
Tem o poder da palavra,
Fala com fluência e expressa com facilidade,
seu ar majestoso que indica sua supremacia entre as musas
Suas memórias são gloriosas,
É narradora de fatos grandiosos
Madrinha da Odisseia escrita por Homero
Sua voz da imortalidade os heróis,
exalta a coragem dos reis e guerreiros,
Vencendo os perigosos obstáculos
Ela é a porta voz épica
Deusa da eloquência
É a expressão da palavra coragem que deriva de cor, palavra latina que.
Significa coração.
A musa das façanhas do coração.


Suas frases:
"Semeia um pensamento e colheras um desejo, semeia um desejo e colheras a ação, semeia a ação e colheras um habito, semeia o habito e colheras o caráter" (Tihamer toth).


Ou...
"O tempo é o melhor autor: sempre encontra um final perfeito" (Charlis Chaplin)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO: (URÂNIA a estrelar)





Senhoras e senhores
Olhem para o céu
A próxima é celeste
Urânia
A musa da Astronomia e Astrologia
Entendida e interpretada na antiguidade
Por sábios, magos e sacerdotes.
É a entidade que estuda as posições e movimentos
Dos planetas e as constelações.
É ambígua
É guia dos místicos
Muitos a consideram como
Prática divinatória ou arte de adivinhação
Mais gosta mesmo de ser chamada com estudo dos astros
Pode ser mal interpretada,
Na modernidade foi banalizada com produto
Tem seu lado negativo,
Pode ser especulativa ou ter uma interpretação mecânica,
Também pode ser manipulada.
Mais quando é levada com seriedade
Expressa através de um mapa
Gosta de ser um instrumento de autoconhecimento
É sideral.


Um presente de Urânia seu texto preferido:


O homem; as viagens.

O homem, bicho da Terra tão pequeno.
Chateia-se na Terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão.
Faz um foguete, um cápsula, um módulo.
Toca para Lua
Desce cauteloso na Lua
Pisa na Lua
Planta bandeirola na Lua
Experimenta a Lua
Civiliza a Lua
Coloniza a Lua
Humaniza a Lua.

Lua humanizada: tão igual a Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte – ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
Pisa em Marte
Experimenta
Coloniza
Civiliza
Humaniza Marte com engenho a arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro – diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus
Vê o visto – é isto?
Idem
Idem
Idem

O homem funde a cuca se não for a Júpiter
Proclamar justiça junto com injustiça
Repetir a fossa
Repetir o inquieto
Repertório

Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
Só para teve?

Não vê que ele inventa
Roupa insidiável de viver no Sol.
Põe pé é:
Mas que chato é o Sol, falso touro
Espanhol domado.

Restam outros sistemas fora
Do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
Só resta ao homem
(estará equipado?)
A difícil cancerosíssima viagem
De si a Si mesmo:
Pôr o pé no chão
Do seu coração
Experimentar
Colonizar
Civilizar
Humanizar
O Homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria de conviver.
(Carlos Drummond de Andrade).

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO (POLÍMNIA a dama da ópera)


Senhora e senhores
A rainha dos espetáculos
Polímnía
Musa dos hinos sagrados e da narração de história
Na pólis grega,
o despertar do poeta,
das faces do sentimento ao
clamor de sua voz
Vibrações sonoras
Palavras límpidas e estrofes majestosas
Músicas doces ou tufões violentos são
versos da razão ou cânticos puros em
sons soturno, harmonias de vozes
veludosas que clama a agitação de um pulso
Seu som vibra os cristais gelados,
quebra os calabouços,
liberta as almas presas pela hipocrisia cristalizada
Alguns usam o seu poder para semear maldições
Outros criam preces que despertam as maiores
virtudes.
Contadora de histórias
Sua majestade
A senhora Ópera.

Suas Frases:
"Faça o que pode, com o que tem, onde estiver" (Roosevelt)
ou
"Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização" (Martin Leuther King).

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO (ÉRATO a que desperta o desejo)




Agora chegou sua vez.
Érato
A musa do verso erótico e da poesia amorosa
você tem o poder de despertar o desejo
Goza do amor em todas suas variantes
Defende a expressão
Exaltação
Emoções quentes e profundidades inconscientes
Descoberta do prazer
Afeto abstrato
Amante poética
Pintura intima
Sensibilidade artística
Paixão que provoca febre
Inspiração proibida
de expressar e desfrutar o clímax
Reprimida por muitos
Encarnação da mulher fatal
Sensação noturna que
flutua sobre as cabeças dos apaixonados
Efeito dissimulatório
Perturbadora beleza
Insinuante coroada por rosas.

Suas frases:

"Um covarde é incapaz de demonstrar amor. Isso é privilégio dos corajosos" (Gandi)
ou
"É apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial é invisível aos olhos" (Antoine de Saint-Exupéry)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO (TERPSÍCORE e sua dança)

A próxima é cheia de movimentos
lentos ou rápidos
A música toca
Ela começa a se expressar
Quem é ela?
Tepsícore
A musa da dança
bailarina ou dançarina
não importa as classificações
Glamorosa
Especialista em todos os estilos
funk, rap, reggae, balé, jazz, street dance,
não importa os diversos estilos
O importante é movimentar
Gestos e Passos,
Nada de ficar parado,
Não é fácil ser a rainha do baile
Seu pior medo é sair do ritmo
Errar os passos
Estragar a coreografia
repetidamente ensaiada
Mais improvisar é necessário
para criar passos novos
liberte da prisão
nada é erro, mais
experiência.

Suas frases:
"Dance bem
Dance mal
Dance sem parar
Dance bem
Dance até
Sem saber dançar" (frenéticas)
ou
"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz" (Sigmund Freud)

sábado, 10 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO (MELPÔMENE a dama do drama)

Senhora e SenhoresSilêncio, a próxima é de MATAR.
de tanto vocês vão chorar.

Melpômene
A musa da tragédiaSeu olhar é sério
Sua ação destina a provocar
A piedade, terror e
Comover a alma humana,
Através do sofrimento,
Por meio da exposição
Das paixões humanas.
Dramática
Apresenta catástrofes
Seus romances são como
Romeu e Julieta
Desfecho fatal,
Seu amor amedronta
Inspira medo e dor
Diva do pavor
Seu canto é de compaixão
Vivo significa vitima do
Destino.
O cinema TE AMA!

Suas frases ou melhor seus dramas:

"Nunca entrará na cabeça dos outros que estas pinturas foram criadas a partir da seriedade e do sofrimento, que são o produto de noites de insônia, que me custaram sangue e debilitaram meus nervos" (Edvard Munch). Seus artistas preferidos.
Ou
"As flores chegam até a perfumar a mão que as esmaga" (V.chilka).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO (TÁLIA é pura comédia)

A próxima é:
Tália
Musa da comédia
O humor é seu
principal elemento.
Provocadora,
usa a máscara cómica.
"Risos"
Ah! Ah! Ah!
Festiva e engraçada
Baixo astral não tem vez
Rainha divertida,
que coleciona piadas.
não tem medo do ridículo
IH! ih! ih! ri! ri! ri!
Companheira dos comediantes,
com frequência faz
Improvisações
"Mais risos"
He! he! he! eh! rê! rê!
Aspecto negativo
não é levada a sério por
alguns intelectuais que são fãs da
Dramática
Mais ela avisa
"O bom humor é fundamental para
quem deseja SER sabido... Ah! Ah! Ah!

Sua frases:
"A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano" (Victor Hugo)
Ou
"A gargalhada é um tranquilizante sem efeitos colaterais" (Arnold H. Glasow)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO (EUTERPE a quem dá poesia)


Perfil:
Euterpe
A musa da poesia lírica
Cheia de sentimentos e vibração
É literária e artística
Cantada com lira
Coroada de flores
Letras encantadas
Poética que dá júbilo
Muito alegre e exultante
Não tem
Começo, meio e fim,
Também expressa
Tristeza, solidão, medo e dor.
Versos e estados
De espírito
Suas palavras são usadas para
CRIAÇÃO da poética-sentimental.
Namorada de artistas e escritores.
Seus encantos não afetam
Os insensíveis.
Suas frases:
"A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um ato de vontade" (Gaston Courtois)
Ou
"O medo é o mais ignorante, o mais injusto e o mais cruel dos conselheiros" (Eduardo Burte)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

POÉTICO MITOLÓGICO (CLIO a quem registra)


Clio
A musa da história
Sobre a sequência de eventos
A quem confere fama
É Ciência que estuda a humanidade
Narrativa e registra tudo,
Adora arquivos, documentos e imagens gravadas
De acontecimentos que marcaram a vida
É observadora
Compara e questiona os comportamentos de uma época
O passado para ela é a referência para construir
Melhor o futuro
Ela registra
Brigas, conflitos, acordos, alianças, golpes, guerras e
Destaca Heróis e Vilões
Tem duas faces
Seus personagens e acontecimentos
Podem ser reais ou imaginários,
Tem várias versões
Dependendo das intenções de
Quem ESCREVE
Graças a tecnologia
Ficou mais prevenida
Seus aspectos negativos são:
Ser mentira, intriga ou lorota.
(Rodrigo Ladir)
Suas frases:
"O melhor profeta do futuro é o passado" (Robert Frost)
Ou
"A história será gentil para mim, pos pretendo escrevê-la" (Winston Churchill)

POÉTICO MITOLÓGICO (As Musas)


Hoje começo o desfile das nove Musas da arte e da inspiração. Vou confessar são as minhas preferidas. Escolhi Eros para ser o apresentador do desfile, mesmo sabendo que Apolo é o condutor das deusas da arte, eu queria uma coisa mais informal, Apolo é muito certinho, Dionísio é extravagante demais, Zeus é muito ocupado, Hermes muito marqueteiro, Hades muito distante, então selecionei Eros ou Cupido (O deus do Amor).

domingo, 4 de janeiro de 2009

Poético Mitológico (A Renascença)




Do Caos aos Deuses, no início eram Cronos e Réia, foi-se toda harmonia, pois cada homem só pensa que lhe cumpre. Ser uma Fênix, entre esses sentimentos extremos desalento diante da destruição da velha ordem, orgulho da capacidade de criar de ruínas uma ordem nova. Os Titãs dominaram a Terra s todo o Cosmo antes, os Deuses lhe tomaram o poder. Após Cronos vomitar seus filhos, a briga entre eles começou. A mudança nos tronos, conta-se que Cronos (ou tempo) sempre dava fim a todas as coisas que tinham um começo e é por isso que foi acusado de devorar os próprios filhos. Do mesmo modo que Urano, Crono temia ser deposto por algum de seus filhos.
A paranoia de Crono deixou Réia em pânico porque ela não aceitava a ideia de ver seus filhos engolidos pelo pai. A disputa ou revolução começou (o novo em batalha com o antigo). Os antigos não aceitaram a nova ordem, a mudança é o começo o príncipe, súdito, pai, filho, são coisas esquecidas, a criação é a realidade da mudança a RENASCENÇA.
A renascença o ato ou efeito de renascer, de ressurgir, de reaparecer e a renovação de uma nova vida (pensamento). Também intitula o movimento de renovação cultural e artística dos séculos XV e XVI na Europa que se caracterizou pela imitação da antiguidade greco-romana.
"A permanência é uma ilusão. Somente a mudança é real. É impossível pisar duas vezes no mesmo rio" (Heráclito).

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Poético Mitológico: (Prometeu e sua audácia)

Hoje a homenagem é para o rebelde Prometeu, figura trágica e símbolo da humanidade, representa a vontade humana por conhecimento, sua captura do fogo é a audácia humana pela busca de conhecimento e de compartilhá-lo, o fogo era guardado por seres maiores que não permitem tal difusão, são os controladores.
Prometeu roubou o fogo divino de Zeus para dá-lo aos homens, que assim puderam evoluir e distinguirem dos animais. Como castigo Zeus ordenou a Hefesto acorrentá-lo ao cusme do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia ou abutre ia dilacerar o seu fígado, mas Prometeu era imortal e regenerava-se. Hércules libertou Prometeu de seu sofrimento, havendo concluído os seus doze trabalhos.
A tragédia de Prometeu acorrentado, de Ésquilo, foi a primeira a apresentá-lo como um rebelde contra a injustiça e a onipotência divina, imagem particularmente apreciada pelos poetas românticos, que viram nele a encarnação da LIBERDADE humana, que leva o homem a enfrentar com orgulho seu destino.
Prometeu é como a fênix.
A fênix, segundo o que relataram Heródoto ou Plutarco, é um pássaro místico, de origem etíope, de um esplendor sem igual, dotado de extraordinária longevidade, e que tem o poder, depois se se consumir em uma fogueira, de renascer de suas cinzas. Fênix também é o símbolo da ressurreição. O ser humano é capaz de se recuperar, refazer, recriar através do conhecimento, fugindo do domínio da ignorância.
Um pensamento:
"Nem sempre podemos analisar o homem pelo que faz; às vezes ele observa a lei e, no entanto, não possui valor, outras, infringe-as, e, no entanto é grande" (Oscar Wilde).